Everaldo de Souza Pontes, filho de Manuel Pontes e de Maria José
Pontes, já falecidos. Everaldo contou com o apoio dos pais desde o início.
“Nunca se opuseram a nada, eram muito abertos com a gente”. Iniciou-se nas
artes cênicas, como ator, na peça “Judas Em Sábado de Aleluia”, de Martins
Pena, sob a direção de Rubens Teixeira. A ligação de Everaldo com o cinema
paraibano vem desde a década de 1970, quando juntamente com o maestro Pedro
Santos e o crítico de cinema Paulo Neto, participava do movimento do cineclube.
Sua base teatral vem da infância, quando acompanhava os ensaios
da irmã, a atriz Zezita Matos. A carreira ganhou maior impulso a partir de
espetáculos experimentais no ano de 1978, e pesquisas em dramaturgia junto com
Luiz Carlos Vasconcelos, na Escola Piollin. Fora da escola ele atuou também com
diretores como Fernando Teixeira.
Em meados dos anos 80, Everaldo se afastou das artes cênicas
para se dedicar à Rádio Universitária. No período de 1983 a 1990 foi
responsável por toda a programação da emissora.
No ano de 1990, Everaldo voltou para a Escola Piollin, com
atuação brilhante na peça Anjos de Augusto (1991), de Eliézer Filho. Depois o
espetáculo Vau da Sarapalha, que conquistou grande repercussão de público e
crítica no Brasil e exterior, com turnê pela Europa e América Latina.
Em 1998, Everaldo Pontes se integra definitivamente à atuação na
arte cinematográfica, protagonizando o personagem principal de São Jerônimo, filme de legendário
cineasta Júlio Bressane. Nessa mesma época, Everaldo integra também o elenco
dos curta-metragens paraibano: “A Árvore da Miséria”, de Marcus Villar e “Eu
Sou o Servo”, de Eliézer Filho, Funesto, de Carlos Downling e do longa-metragem
“Por Trinta Dinheiros”, de Vânia Perazzo.
Everaldo Pontes é um dos atores paraibanos com maior
reconhecimento Nacional, tendo trabalhado em mais de 15 filmes. O artista
se diz incapaz de se auto-definir. Ele revela que sempre preferiu o lado de
quem analisa e pensa a produção audiovisual, do que o lado de quem produz. “Meu
sonho sempre foi ser crítico de cinema, jornalista. Hoje em dia, me vejo como
um nordestino, paraibano, um cidadão que gosta de teatro e cinema. Na verdade,
sou um cinéfilo que gosta do palco. Tem muita gente que diz que o crítico é o
ator frustrado, pois digo que eu sou o crítico frustrado que virou ator”.
O ator declara “A minha maior ambição, hoje, é ficar em casa e
de olhar o mundo pela janela. Se for para sair, que seja para levar alegria a
quem se encontrar comigo”.
Além de ator, Everaldo é geógrafo formado pela Universidade
Federal da Paraíba.
Fontes: