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21 de novembro de 2016

ESPETÁCULOS PREMIADOS NA 4ª EDIÇÃO DO FESTIVAL DE TEATRO DE MANGABEIRA|2016.

MELHOR ESPETÁCULO
Espetáculo: No mundo da rua. Projeto Corpos de Saia. João Pessoa-PB.
2° MELHOR ESPETÁCULO
Espetáculo: Girandei. Cia Oxente de Atividades Culturais. João Pessoa-PB.
3° MELHOR ESPETÁCULO
Espetáculo: Brincantes. Cia Teatral Refinaria Cênica. Monteiro-PB.

JURI POPULAR| Espetáculo: As Malditas. Cia Paraibana de Comédia. João Pessoa-PB.
1) Espetáculo: As Malditas. Cia Paraibana de Comédia. João Pessoa-PB.
2) Espetáculo: 25 anos de Munganga de Mateus e Catirina. MC Produções e Eventos Culturais LDTA. Camaragibe-PE. 
3) Espetáculo: Girandei. Cia Oxente de Atividades Culturais. João Pessoa-PB.

MELHOR ATOR| Espedito Lopes- Espetáculo: Brincantes. Cia Teatral Refinaria Cênica. Monteiro-PB.
Indicados: 
- Dadá Venceslau- Espetáculo: E o palhaço o quê que é? Cia Trupe sem Lona. João Pessoa-PB. 
- Edicarlos Araújo- Espetáculo: E o palhaço o quê que é? Cia Trupe sem Lona. João Pessoa-PB. 
- Espedito Lopes- Espetáculo: Brincantes. Cia Teatral Refinaria Cênica. Monteiro-PB.

MELHOR ATRIZ| Cristiane Agnes- Anarquia Mistica.3. Cia ExperIeus. Monteiro-PB.
Indicados:
- Amanda Carolline- Espetáculo: Brincantes. Cia Teatral Refinaria Cênica. Monteiro-PB.
- Cristiane Agnes – Anarquia Mistica.3. Cia ExperIeus. Monteiro-PB.
- Mônica Macedo - Girandei. Cia Oxente de Atividades Culturais. João Pessoa-PB.

ATOR COADJUVANTE| Cesar Lima. Espetáculo: Brincantes. Cia Teatral Refinaria Cênica. Monteiro-PB.
Indicados:
- Alessandro Tcchê. Espetáculo: As Malditas. Cia Paraibana de Comédia. João Pessoa-PB.
- Cesar Lima. Espetáculo: Brincantes. Cia Teatral Refinaria Cênica. Monteiro-PB.
-Sérgio Lucena. Espetáculo: As Malditas. Cia Paraibana de Comédia. João Pessoa-PB.

ATRIZ COADJUVANTE| Margarida Santos. Espetáculo: Girandei. Cia Oxente de Atividades Culturais. João Pessoa-PB.
Indicados:
Lucélia Alves. Espetáculo: Anarquia Mistica.3. Cia ExperIeus. Monteiro-PB.
Manu Lima. Espetáculo: Baú Encantado. Cia Anônimos. João Pessoa-PB. 
Margarida Santos. Espetáculo: Girandei. Cia Oxente de Atividades Culturais. João Pessoa-PB.

MELHOR MAQUIAGEM| Espetáculo: 25 anos de Munganga de Mateus e Catirina. MC Produções e Eventos Culturais LDTA. Camaragibe-PE. 
Indicados:
- Espetáculo: Brincantes. Cia Teatral Refinaria Cênica. Monteiro-PB. 
- Espetáculo: E o palhaço o quê que é? Cia Trupe sem Lona. João Pessoa-PB. 
- Espetáculo: 25 anos de Munganga de Mateus e Catirina. MC Produções e Eventos Culturais LDTA. Camaragibe-PE.

MELHOR TRILHA SONORA| Espetáculo: Baú da Nostalgia. Cia 3 em Cena. João Pessoa-PB. 
Indicados:
- Espetáculo: As Malditas. Cia Paraibana de Comédia. João Pessoa-PB.
- Espetáculo: Baú da Nostalgia. Cia 3 em Cena. João Pessoa-PB. 
- Espetáculo: Brincantes. Cia Teatral Refinaria Cênica. Monteiro-PB.

MELHOR FIGURINO| - Tainá Macedo- Espetáculo: Girandei. Cia Oxente de Atividades Culturais. João Pessoa-PB.
Indicados: 
- Helder Nobrega e Teodoro Neto - Espetáculo: No mundo da rua. Projeto Corpos de Saia. João Pessoa-PB.
- Aline Ingrid e Amanda Carolline- Espetáculo: Brincantes. Cia Teatral Refinaria Cênica. Monteiro-PB.
- Tainá Macedo- Espetáculo: Girandei. Cia Oxente de Atividades Culturais. João Pessoa-PB.


5 de novembro de 2016

Geóstenys Melo Barbosa (Artista Visual- ator, diretor, cenógrafo, figurinista e aderecista) | Homenageado no 4° Festival de Teatro de Mangabeira (2016).

Natural de Natal-RN é graduando em Artes Visuais pela Universidade Federal da Paraíba. Quando Geóstenys nasceu, sua família que é paraibana, morava na cidade de Natal, no Rio grande do Norte, após ter completado 6 meses, a família decide voltar para a Paraíba, mais precisamente para a cidade de Alagoa Grande-PB. Concluiu seus estudos ainda na “Princesinha do Brejo” (como é conhecida a cidade de Alagoa Grande), cursou alguns períodos dos cursos de Química Industrial e Pedagogia na UEPB em Campina Grande, Arquitetura na UNIPE e só agora está concluindo Artes Visuais na UFPB.
Há quatorze anos mora em João Pessoa, e nesses anos já trabalhou com diversos grupos paraibanos, criando figurinos, cenários e adereços, dos quais já foi premiado. Tem um trabalho de cumplicidade com A Cia. Oxente, com a Cia. Paraibana de Comédia, com a Cara Dupla Cia de Teatro, e outros grupos teatrais e de dança do estado.
Geóstenys sem sombra de dúvidas vem contribuindo com a Arte e a Cultura Paraibana, desde que saiu da “Terra onde o sapo não canta” que é Alagoa Grande, não parou de ser um articulador cultural e um artista dedicado com o que se propõe a fazer, desenvolvendo tudo com muito esforço, estudo e dedicação. Morou dois anos no estado do Amapá, na cidade de Macapá, onde dirigiu espetáculos de teatro e de teatro de bonecos, coreografou quadrilhas e uma Escola de Samba, e circulou com exposição de pinturas pelo estado.
Nesta edição temos a satisfação de homenagear Geóstenys Melo. Ele que muito cedo já se interessava pelas artes se dedicando a este oficio. Atualmente Geóstenys trabalha como Cenógrafo e Assistente de Estúdio na TV Tambaú emissora afiliada ao SBT. Geo transita entre João Pessoa e o município de Alagoa Grande-PB, onde o mesmo é muito ativo no cenário cultural da cidade e tem um trabalho a 19 anos junto ao grupo de teatro Mangai, do qual é diretor e também ator.
A Cia de Teatro Soluar também tem uma enorme admiração e respeito tanto pela pessoa amiga que Geóstenys é e também pelo seu trabalho. O mesmo é um grande parceiro das atividades realizadas pela Cia. e este ano nada mais do que merecido homenagear em vida uma pessoa tão significante e comprometida com a arte.

3 de novembro de 2016

Geraldo Jorge (ator, diretor e autor) | Homenageado no 4° Festival de Teatro de Mangabeira (2016)


Natural de João Pessoa-PB. Graduado em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba e com especialização em Geografia Regional (UFPB). Geraldo Jorge sem sombra de dúvidas é um dos grandes nomes do teatro paraibano. E este ano a 4° edição do Festival de Teatro de Mangabeira se orgulha em homenagear em vida um dos grandes nomes do nosso teatro. Ele é o único diretor paraibano na atualidade que mantém produções ininterruptas ao longo de mais de três décadas. Na verdade, sua carreira artística começou em 1966 no Grupo de Teatro da Sociedade Cultural de João Pessoa, que viria a ser extinto pouco tempo depois. A primeira peça na qual trabalhou foi “A Farsa do Corregedor”, do espanhol Alejandro Casona, dirigida por Expedito Pereira Gomes. No espetáculo, Geraldo Jorge interpretava um soldado que era mudo. Passada a primeira experiência, o diretor trabalhou na montagem da peça infantil “O Rapto das Cebolinhas”, de Maria Clara Machado, dirigida por José Flávio.

1992 - "Arlequim, Servidor de Dois Amos"
A retomada de uma carreira artística promissora se daria em 28 de outubro de 1972,quando criou o Grupo Tenda ao lado do amigo e diretor Leonardo Nóbrega. A primeira peça montada pelo Tenda foi “Tempestade em Água Benta”. O segundo trabalho foi a montagem de um texto escrito pelo próprio Geraldo: a comédia “A Viúva e o Lobisomen”. Foi justamente com criação de “A Viúva e o Lobisomen” que o diretor revelou também seus dotes de autor. A peça é uma das pérolas do teatro paraibano de comédia. Na montagem, o Grupo Tenda reuniu um elenco de grandes atrizes como Nautília Mendonça e Lucy Camelo. O espetáculo foi apresentado entre 1973 e 74 no antigo Teatro da Juteca em Cruz das Armas.

Naquela época, Geraldo Jorge e Leonardo Nóbrega dividiam a direção do Grupo Tenda. Geraldo, com as peças infantis e Leonardo, com a montagem de espetáculos adultos. Entre esses trabalhos podem ser destacados “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto, “A Afilhada de Nossa Senhora da Conceição” e “O Verdugo”, todos dedicados ao público adulto.

Dentre as peças infantis, o Tenda montou espetáculos como “O Sapateiro do Rei”, “Os Meninos da Minha Rua”, “As Ruínas do Rei Solimão”, “A Cigarra e a Formiga”, “Perdidos na Floresta Beleléu”, “O Gato de Botas”, “O Casamento de Dona Baratinha”, “A Floresta Encantada” e “Ali Ladrão e os 40 Babás”, este último com texto do próprio Geraldo. São tantas criações que fica difícil sintetizar a obra do diretor teatral Geraldo Jorge. A história do teatro infantil na Paraíba jamais poderia ser contada sem que fosse citado o nome dele. Geraldo Jorge é um ícone, uma legenda viva do teatro paraibano.

"Geraldo Jorge em cena de Arlequim, Servidor de Dois Amos"
Pela “Escola” do Grupo Tenda passaram atores como Edílson Alves, Cristovam Tadeu, Camilo Macedo, Luiz Carlos Cândido, Adeilton Pereira, Augusto Magalhães, Rose Quirino, Vicente D`Paula, Valdir Silva, Toni Silva, Benilson Oliveira, Benildo Oliveira, Raquel Avelino, Márcia Souto, Jerônimo Vieira, Iara Bezerra, entre outros.

As montagens que mais se destacaram de Geraldo Jorge foram “Pastoril Profano” (1994) e “Pastoril Profano 2 (1996). Em ambos os casos, ele foi o autor e diretor. Pouca gente sabe, mas o grande sucesso do Pastoril Profano, que hoje lota teatros todos os anos, se deve a Geraldo Jorge. Nunca o teatro paraibano conseguiu tanto público quanto nos anos de 1993 e 1994. O responsável por este fenômeno de bilheteria foi o espetáculo Pastoril Profano do Terceiro Mundo, com texto e direção de Geraldo Jorge, montado pelo Grupo Tenda em João Pessoa.

No palco, o Pastoril Profano do Terceiro Mundo trouxe de volta a figura do Velho Dengoso, da Diana e das Pastoras. Um dos pontos altos do espetáculo estava na presença de um trio de forró (triângulo, zabumba e sanfona) em cena. As músicas eram executadas ao vivo por um sanfoneiro, um zabumbeiro e um triangueiro, o que aumentava ainda mais a animação do público.

A ideia do diretor Geraldo Jorge era fazer um resgate cultural dos antigos pastoris, muito conhecidos no Nordeste brasileiro, sobretudo no período das festas natalinas. O Pastoril é uma dança da cultura popular nordestina, onde as pastoras são divididas em dois grupos: um do cordão azul e outro do cordão encarnado, além de uma personagem neutra – a Diana – que veste uma roupa com as duas cores e não pertence a nenhum dos cordões. Comandadas por um palhaço – o Dengoso – as pastoras (seis de cada lado) disputam entre si os aplausos e gosto do público.  Vence o cordão que tiver a torcida mais animada. Em alguns casos, o público chega a apostar dinheiro no grupo de pastoras de sua preferência.

No ano de 2005, Geraldo Jorge enfrenta um novo desafio: adaptar para o teatro a obra literária “Vingança Não!”, de Francisco Pereira da Nóbrega. Com texto e direção de Geraldo Jorge o espetáculo é encenado pelo Grupo Tenda. O texto, segundo o diretor, é uma adaptação do livro Vingança Não, de autoria do escritor Francisco Pereira da Nóbrega, publicado pela primeira vez em 1960.

O espetáculo conta a história de um coronel, João Pereira, estabelecido na cidade de Nazarezinho, distrito da cidade de Souza, interior do Estado da Paraíba, casado com Dina Maria Egilda, proprietário da Fazenda Jacu, onde residia com quatros filhos, quatro deles homens e três mulheres. O diretor Geraldo Jorge comentou que o mais complicado de todo processo de montagem foi reduzir ao máximo o número de atores no palco e conseguir que estas pessoas permanecessem firmes nos ensaios e abdicassem dos dias de descanso até mesmo do carnaval para ensaiarem. E assim, ele vai construindo a história do teatro paraibano.

Em 2012, O Grupo Tenda completou 40 anos de história no teatro paraibano e para comemorar sua trajetória pelos diversos palcos por onde o grupo já se apresentou, foi encenado no teatro da Energisa o espetáculo “Não é mais aquilo”, texto e direção de Geraldo Jorge, para comemoração dessas quatro décadas. O elenco foi formado por Marcos Vinícius, Valéria Araújo, Renato Catedrall, Lucinha Costa, Lamarck Ribeiro, Marcondes Silva, Valdir Silva, Lujeffeso e Leonildo Moraes.

Geraldo Jorge e Grupo Tenda- Teatro Ednaldo do Edypto. 
Também em 2012, Geraldo Jorge recebeu uma homenagem juntamente com o ator Nanego Lira, no Aldeia Sesc no Teatro Santa Roza e no Sesc/Centro. Em 2014, Geraldo Jorge comemorou 48 anos de carreira e 42 anos do Grupo Tenda em cartaz com a comédia não é mais “A-Q-U-I-L-O”!

Geraldo Jorge se transformou numa verdadeira escola para muitos atores paraibanos. Era através das oficinas e dos ensaios de Geraldo que os atores que começaram nas décadas de 1970 e 1980 aprendiam a pisar no palco. E ainda hoje ele é uma grande referencia em nosso teatro paraibano. 


Fonte: 
http://www.paraibacriativa.com.br/artista/geraldo-jorge/
http://professortadeupatricio.blogspot.com.br/2012/10/grupo-tenda-comemora-40-anos-de-teatro.html
http://www.sheillamartins.com.br/2014/04/geraldo-jorge-comemora-48-anos-de.html